19/04 – Dia de Luta dos Povos indígenas. Dia 20 tem “live” sobre o tema, assista!

As famílias indígenas seguem na luta contra o extermínio das etnias, em defesa de suas tradições, riqueza cultura, ancestralidade, preservação da mãe terra e que, neste momento, estão sendo duramente atacados e assassinados pelo descaso de Bolsonaro diante da pandemia do Coronavírus e pela sua conivência com a sede de lucros e ganância dos latifundiários assassinos.

CSP-Conlutas fará live sobre o aumento das ameaças aos indígenas em tempos de Covid-19

A CSP-Conlutas realizará um debate ao vivo, via transmissão online (live) pelo facebook, com o tema: “O aumento das ameaças aos povos indígenas em tempos de Covid-19”.
A transmissão será nesta  segunda-feira (20), às 19h.


A convidada para debater esse importante tema é  liderança indígena Raquel Aguiar Tremembé, que também faz parte da Articulação da Teia de Povos de Comunidades Tradicionais do Maranhão.

Raquel, que também integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas. abordará a situação dos povos indígenas no Brasil, diante da Covid-19. A ativista abordará a falta de políticas públicas para os povos originários, assim como o aumento da violência contra os indígenas por estímulo do governo Bolsonaro.

Também fará parte da transmissão online o advogado Waldemir Soares que dará sua contribuição jurídica para o tema, com sugestões de ações possíveis,  em defesa dos povos indígenas e tradicionais.

O dirigente da Saulo Arcangeli, da CSP-Conlutas do Maranhão também integrará o debate  e fará um resgate da situação geral da pandemia no estado e atuação do governo Flávio Dino (PCdoB) e prefeitos, além de abordar o aumento da violência contra povos indígenas e tradicionais no Maranhão que tem crescido dia a dia.

Não perca. A transmissão será na página do facebook da Central: https://www.facebook.com/CSPConlutas/

Indígenas lançam manifesto com denúncia contra política de Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus

Neste domingo, 19 de abril, povos indígenas de 22 etnias e de estados do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Acre, Ceará e Maranhão lançam um manifesto denunciando as políticas de Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus e a violência contra os seus territórios.

Os indígenas fazem exigências para a proteção de aldeias pelo país, como ações de saúde pública especificas, garantia de alimentação, demarcação de territórios entre outras demandas.

Confira o vídeo sobre o tema:

Confira a integra do manifesto abaixo:

Carta dos Povos Indígenas

Aos
Governo Federal, Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Ministério Público Federal.

Prezados Senhores,

Desde a chegada dos primeiros colonizadores ao Brasil, os povos indígenas são vítimas de constantes ataques ao direito de existir. Há tempos lutamos por nossa riqueza cultural, nossos modos e costumes, nossa religiosidade, nossa ancestralidade. Tudo em defesa dos nossos territórios originários e sagrados.

Lutamos com nossos corpos contra o sistema econômico que insiste em nos violentar e destruir a nossa mãe terra. Assassinam nossos parentes. Poluem nossos rios. Derrubam nossas florestas e nos expulsam de nosso lar sagrado.

Tudo isso por propriedade e lucro.

Por todos esses fatores, reafirmamos a nossa total preocupação com todos os Povos Indígenas do Brasil, diante desta catastrófica Pandemia do Coronavírus e a Extrema Violência contra os nossos Territórios.

Devido todas essas violações, medidas emergenciais precisam ser implementadas para proteção dos territórios e garantia do bem viver:

1 – Garanta de alimentação para todas as aldeias;
2 – Implantar orçamento destinado para a Secretaria Especial de Saúde (SESAI), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) e para as Casas de Saúde Indígena (CASAIs);
3 – As ações de saúde para o combate a Pandemia COVID-19 devem ser aplicadas na língua materna das etnias;
4 – Distribuição de kits de higiene pessoal e mascaras nas aldeias;
5 – Proteção dos territórios em conflito pela Força Nacional de Segurança e Policia Federal, independente da fase de regularização;
6 – Implantar Programa de Proteção a lideranças indígenas ameaçadas;
7 – Agilidade na apuração dos crimes contra indígenas em especial, aos cometidos recentemente na Terra Indígena Araribóia, Estado do Maranhão;
8 – Demarcação dos territórios;

Assegurando a veracidade e a legitimidade das declarações aqui contida, assinam os Povos.

Povos indígenas que assinam manifesto:

Awá-Guajá/MA
Cassupá/RO
Guajajaras/Juçaral-MA
Guarani/MT
Guarani Anbya/SP
Guarasugwe/RO
Ka’apor/MA
Kaiowá/MT
Kariri do Crato/CE
Kariri Quixeló/CE
Karipuna/RO
Kokama/AM
Krenyê/MA
Mucuá/RO
Mujubim/RO
Mura/AM
Oro mon/RO
Purubora/RO
Sateré/AM
Tikuna/AM
Yawanawa/AC
Tremembé Engenho/MA

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