Já não é de hoje, desigualdade e miséria tem aumentado terrivelmente!!!

Precipitada e catalisada pela pandemia, a crise econômica mundial é profunda e apresentará quedas bruscas no PIB da China e dos EUA. Os mercados de ações caíram 35%, os mercados de crédito subiram e os spreads de crédito (como os títulos podres) subiram para os níveis de 2008. A recente queda abrupta do preço do petróleo também é mais um importante indicador da péssima perspectiva colocada para a economia capitalista no próximo período.

A consequência imediata para a classe trabalhadora é mais fome e miséria, com o aumento do desemprego e mudanças nas relações de trabalho. Vinte e seis milhões de norte-americanos procuraram o seguro desemprego nas últimas 5 semanas, significando que todos os 22 milhões de empregos criados a partir de setembro de 2010 foram eliminados em apenas um mês, a partir do forte impacto do Coronavírus na economia. O maior boom empregatício da história dos EUA, que iniciou em 2010, se encerrou abrupta e drasticamente em fevereiro de 2020.

No Brasil, segundo previsões do IBGE, dos atuais 64,7 milhões pessoas em situação de extrema pobreza (sem recursos para a manutenção da capacidade de trabalho) atingiremos o patamar dos 90 milhões como consequência dessa crise econômica.

No mundo todo os capitalistas adotaram políticas para salvamento das empresas. Seja pela injeção de recursos astronômicos do estado na iniciativa privada, ou seja, pelo afrouxamento da quarentena e do isolamento social patrocinado pelos governos em nome da recuperação da economia. Essa foi a história do capitalismo no pós-guerra de 1917 (gripe espanhola)

A perspectiva no Brasil é de mais desemprego e miséria!

A dramática situação vivida pelo Brasil e pelo mundo, diante do enfrentamento à pandemia e à recessão econômica. A previsão de uma depressão econômica e recessão em um patamar superior à de 1929, com os PIBs dos países despencando e quebradeira de empresas, que implicarão em mais miséria, fome e desemprego.

A crise sanitária, econômica e social acirra a crise política, que tem isolado Bolsonaro, com muito desgaste. A pandemia no Brasil, que ainda não está no auge, absolve um caráter de raça e classe. A periferia e o povo pobre são os que mais morrem por conta do Covid-19, principalmente pelo descaso e abandono do estado. A CSP-Conlutas repudia a política genocida do governo Bolsonaro, contrário a quarentena para retomar a atividade econômica, pelos lucros em detrimento da vida do povo pobre.

Bolsonaro quer salvar os bancos e as grandes empresas com a concessão de trilhões de reais em ajuda e quase nada para os trabalhadores, desempregados e os que estão na informalidade. O governo aproveita a pandemia para atacar ainda mais os direitos da classe trabalhadora. A participação de Bolsonaro no domingo (19/04) em atos da ultradireita fascista que reivindicam a volta do regime militar é um crime que atenta violentamente contra as liberdades democráticas e merece amplo repudio da sociedade.

É preciso quarentena geral totalmente garantida pelo governo! É preciso colocar Fora Bolsonaro e Guedes, para de fato combatermos a Pandemia! A saída para a crise econômica e da pandemia passa necessariamente por uma saída classista contra o capitalismo.

A desigualdade vem aumentando, e não é de hoje!

De toda a riqueza gerada no mundo em 2017, 82% foi parar nas mãos do 1% mais rico do planeta. Enquanto isso, a metade mais pobre da população global – 3,7 bilhões de pessoas – não ficou com nada. No Brasil, não é muito diferente. Hoje temos cinco bilionários com patrimônio equivalente ao da metade mais pobre do país, chegando a R$ 549 bilhões em 2017 – 13% maior em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os 50% mais pobres do Brasil tiveram sua riqueza reduzida no mesmo período, de 2,7% para 2%. Em 3 anos a situação piorou muito, e atingirá contornos bárbaros apos a pandemia do Coronavírus.

Esses dados fazem parte do relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, lançado pela Oxfam às vésperas do encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, em 2018 (Encontroa das elites empresariais e políticas do mundo).

O relatório revela como a economia global possibilita que a elite econômica acumule vastas fortunas enquanto milhões de pessoas lutam para sobreviver com baixos salários.

  • Houve um aumento histórico no número de bilionários em 2017: um a cada dois dias entre março de 2016 e março de 2017. Atualmente há 2.043 bilionários no mundo. O Brasil ganhou 12 bilionários a mais no período, passando de 31 para 43.
  • Nove entre cada 10 bilionários no mundo são homens.
  • A riqueza dos bilionários aumentou 13% ao ano, em média, desde 2010 – seis vezes mais rapidamente do que os salários pagos a trabalhadores, que tiveram aumento de apenas 2% por ano, na média, no mesmo período. Enquanto isso, mais da metade da população mundial vive com renda entre US$ 2 e US$ 10 por dia.
  • O patrimônio somado dos bilionários brasileiros chegou a R$ 549 bilhões em 2017, num crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os 50% mais pobres do país viram sua fatia da renda nacional ser reduzida ainda mais, de 2,7% para 2%.
  • O Brasil tem hoje cinco bilionários com patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população brasileira.

O relatório revela ainda que houve um aumento histórico no número de bilionários no mundo em 2017 – um novo super rico a cada dois dias. Atualmente há 2.043 bilionários no mundo, e 9 entre 10 são homens. Enquanto isso, a metade mais pobre da população mundial vive com renda de US$ 2 e US$ 10 por dia.

Baixe o relatório e compartilhe as peças para redes sociais!

O que se observa é um aumento absurdo da concentração de renda e riqueza no mundo, provocando mais pobreza e o aumento das desigualdades. Isso mostra que a economia segue sendo muito boa para quem já tem muito e péssima para quem tem pouco. Entre os fatores que contribuem para esse quadro está a redução de custos trabalhistas, como salários e direitos, para maximizar retornos aos acionistas.

Até quando? Ninguém aguenta mais

A panela de pressão só aumenta o grau. Uma hora dessas explode.
Aí será nossa hora de transformar o Brasil em uma gigantesca rebelião!

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