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- REESTRUTURAÇÃO DA CNEN
As entidades representativas dos servidores da CNEN reunidos nesta data, 27/02/2018, no LAPOC, na cidade Poços de Caldas, fizeram uma discussão e análise sobre a situação financeira, técnica e estratégica da CNEN nos dias de hoje.
É consenso entre todos, que vivemos uma severa crise institucional, agravada pela drástica redução do orçamento nos últimos anos e pelo envelhecimento do seu quadro funcional. Um elevado índice de aposentadorias e também a falta de concurso público para recomposição de seu quadro funcional completam esta realidade.
Também é reconhecido que a CNEN tem em seus quadros um corpo técnico e administrativo altamente especializado, com centenas de Pesquisadores, Tecnologistas, Analistas, Técnicos, Assistentes, Especialistas, Mestres e Doutores que desenvolvem suas atividades com afinco, determinação e seriedade.
Para agravar a situação e pelas informações divulgadas pelo Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro – CDPNB, estabelecido pelo próprio governo para fazer um estudo e análise do Programa Nuclear Brasileiro, indicam uma forte tendência de negar as atribuições constitucionais e legais da Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN.
O grande temor sentido pelas entidades representativas dos servidores é que mudanças agudas como a quebra do monopólio da produção de radiofármacos, a criação de uma agência normatizadora, a indecisão quanto a definição institucional do Reator Multipropósito Brasileiro- RMB podem levar ao colapso os Institutos de Pesquisa, IEN, IRD, IPEN, CDTN, CRCN-NE, CRCN-CO, LAPOC, DIANG, DICAE, DIFOR, ESPOA, ESRES, ESBRA e SEDE. Estas instituições, ao longo do tempo, solidificaram um corpo técnico e administrativo voltado ao cumprimento do papel institucional, tecnológico e social para o qual foram formados e treinados. Adicionando-se a este patrimônio intelectual, a CNEN possui um parque laboratorial único na América do Sul. Mudanças poderão produzir, em um curtíssimo espaço temporal, o sucateamento e a perda deste imenso patrimônio, causando um prejuízo social, financeiro, tecnológico e estratégico imensurável ao Brasil.
As Associações, por todos os motivos acima descritos, reafirmam sua posição pela MANUTENÇÃO DA INTEGRALIDADE DA CNEN.
Os servidores da CNEN, através de suas Associações, entendem que é fundamental uma maior participação dos mesmos neste processo de discussão e maior transparência da nossa Presidência e Diretorias.
- PLANO MÉDICO
Com os cortes de benefícios implementados nos últimos anos, a situação do Plano Médico é uma preocupação para todos os servidores.
Com a elevada faixa etária dos servidores da CNEN, o aumento exponencial da participação dos servidores na manutenção deste plano, combinado com a ausência de concurso público que injetaria novas vidas ao plano e produziria a sua oxigenação, desequilibrou fortemente o financeiro do sistema. Soma-se ainda a inflação do custo da medicina, que está levando nosso Plano de Saúde, o maior patrimônio dos servidores da CNEN na área social, a um iminente desastre financeiro, tornando-o irrecuperável.
É preocupante a situação dos nossos colegas mais velhos, pois, caso o Plano Médico da CNEN seja descontinuado é praticamente impossível que os mesmos possam migrar para um plano de saúde privado, uma vez que os planos não aceitam novos integrantes com idades acima de 70 anos, a não ser por valores exorbitantes.
A manutenção do Plano de Saúde é vital e entendemos que é obrigação da Direção da CNEN buscar meios para aplicar ao Plano CNEN os mesmos critérios, legais, aplicados aos Planos de Saúde do Banco Central, das Forças Armadas e das Empresas Estatais.
Entendemos que além do saneamento do plano, é imprescindível o retorno da contribuição paritária com a aplicação do valor de 50% per capta da União, para a manutenção dos Planos de Saúde dos servidores.
- ON 4
Em 2016 a CNEN constituiu um Grupo de Trabalho – GT com a finalidade de revisar a ON 6 de 18/03/2013 DOU de 20/03/2013, então em vigor. O trabalho foi elaborado e por problemas, ainda não esclarecidos, não chegou ao Ministério do Planejamento a tempo para subsidiar a atualização da referida ON. Em função do atraso no envio do documento, o MPDG publicou a ON 4 de 14/02/2017 DOU de23/02/2017 sem a contribuição da CNEN.
A direção das Associações entende que o documento gerado em 2016 pela CNEN e revisado em 2017, está atualizado e contém as devidas justificativas técnicas, pois é fruto do trabalho de diversos servidores com competência técnica no assunto. O documento já foi avaliado e aprovado pela CNEN e pelo MCTIC, inclusive pelas áreas jurídicas, respectivamente.
A constituição de nova Comissão geraria um retrabalho, lembrando também que a constituição de uma comissão, onde não foi garantida a participação da representação dos servidores representaria um retrocesso nas relações entre a Direção da CNEN e as Associações dos Servidores.
Entendemos que a CNEN deva ratificar o trabalho já realizado bem como revalidar o Laudo já existente.
As Associações encaminharam expediente via E-mail ao Gabinete da Presidência e a Sra. Chefe de Gabinete em 27/02/2018 com a solicitação de Audiência em caráter excepcional com o Senhor Presidente da CNEN.
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