Um Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência e rumo à Greve Geral está sendo convocado pelas Centrais Sindicais para 22 de março. A CSP-Conlutas convoca para de mobilizações, protestos e paralisações, organizando a luta pela base.
Trabalhadores da cidade e do campo, escolas, universidades, movimentos sociais por moradia e por reforma agrária, os que lutam contra as opressões, juventude.
Vamos todas e todos juntos aprofundar a campanha para barrar a Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro.
A nossa Central produziu um panfleto contra a reforma que explica o quanto e como ataca os trabalhadores e convoca o dia 22.
Vamos conversar com os trabalhadores e trabalhadores, explicar o quanto perderemos com a reforma de Bolsonaro e o grande ataque que ela representa a tudo o que conquistamos. É hora de convencermos os que votaram nesse governo de que precisamos ir à luta para defender nossos direitos.
- Confira aqui o material de convocação
- Avança organização do dia 22/3
- Reforma da Previdência não é Rombo! É Roubo!
Centrais cobram retirada de medida que restringe liberdade sindical
Entidades Sindicais preparam ofensiva contra MP 873
Entidades sindicais preparam uma ofensiva para enfrentar a Medida Provisória 873. Publicada na sexta-feira (01), a MP altera artigos da CLT e do Regime Jurídico Único com o objetivo de restringir a arrecadação das entidades sindicais. A publicação ocorreu apenas nove dias após o governo apresentar sua proposta de Reforma da Previdência.
As iniciativas foram debatidas na quinta-feira (07), na sede do ANDES-SN, em Brasília, numa reunião das assessorias jurídicas das entidades ligadas ao FONASEFE. O encontro contou com a participação de dirigentes de centrais sindicais, federações, confederações, sindicatos nacionais e locais.
Durante a reunião, sindicalistas e advogados reforçaram que a MP tem o objetivo de enfraquecer o movimento sindical para facilitar a aprovação da Reforma da Previdência. Avaliação que impõe ações emergenciais, principalmente junto à primeira instância do Poder Judiciário. Medidas junto ao Supremo Tribunal Federal estão sendo estudadas, assim como ações junto à Procuradoria Geral da República e ao Ministério Público do Trabalho. As entidades também vão denunciar a Medida Provisória à Organização Internacional do Trabalho (OIT), por seu caráter antissindical.
As entidades vão seguir acompanhando de perto a movimentação em torno da Reforma da Previdência. Nas análises, as entidades avaliam que estão em uma corrida contra o tempo. A MP tem validade de 60 dias, prorrogáveis por outros 60. Mesmo que ela perca sua validade, os caixas dos sindicatos serão esvaziados justamente no período em que o governo Bolsonaro buscará alterar a previdência. “O objetivo do governo é impactar na nossa capacidade de mobilização para buscar aprovar a Reforma da Previdência com mais facilidade, sem resistência”, avalia Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.
Para Antonio, o encontro demonstrou a articulação das entidades e teve uma forte representatividade. “Foi uma reunião numerosa e qualificada em sua representação, demonstrando claramente que as entidades terão atuação unitária”, disse. Para ele, o movimento sindical combativo deve estar unido para enfrentar a MP. “A Medida Provisória afeta tanto o setor público quanto o privado. A MP tem que ser derrotada no seu conjunto”, defendeu.
Unidade entre as entidades
Opinião semelhante tem Paulo Reis, do Sinasefe. Segundo avalia, a MP 873 tem o objetivo “categórico de esvaziar o caixa dos sindicatos”. Para ele, é preciso reafirmar a necessidade da greve geral. “Do contrário, seremos derrotados na Reforma da Previdência e, mais à frente, ficaremos sem nenhuma forma de subsistência das entidades sindicais que defendem a classe trabalhadora”, disse.
Representando a CSP-Conlutas, central sindical a qual o ANDES-SN é filiado, Saulo Arcangeli afirmou que a “MP é um duro ataque à liberdade de organização sindical”. Segundo avalia, a medida ataca diferentes formas de contribuições às entidades, inclusive as voluntárias. “Os trabalhadores têm liberdade, em assembleias e convenções, de discutir qual a forma de financiamento de sua entidade”, defende.
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