Lamentável, de novo, a postura da direção do IPEN

Os trabalhadores, estudantes e professores da USP, em greve pela defesa da Universidade (luta que apoiamos integralmente) decidiram trancar as portarias da Universidade por um dia, como forma de chamar a atenção da população contra o desmonte da principal universidade do país.
E neste dia o entorno da universidade ficou um caos!
Apenas uma parcela dos trabalhadores do IPEN conseguiu ter acesso pelo portão do Hospital Universitário, particularmente os que têm automóvel e transitam por aquela parte da av. Corifeu.
Foi um dia atípico! E anunciado!!! Tanto é assim que a Direção do CTMSP, no dia anterior, orientou seus funcionários a tentarem vir ao trabalho somente após as 10 h, e cientes das dificuldades que ainda persistiam, orientou que chegassem após as 12 h, quando os portões seriam liberados. O que fez a direção do IPEN, preocupada com o que poderia ocorrer com os seus funcionários???? Κζ.;×χΠ#≅!∃>♦Γ>∗%
Muitos servidores tentaram entrar e não conseguiram… o trânsito absurdo, caótico… e retornaram às suas casas acompanhando a evolução da situação pela imprensa. SIM, porque foi um dia atípico, com cobertura jornalística!!!!
O que resolveu fazer a Direção do Instituto? Num primeiro momento decidiu abonar o período da manhã, e os que não conseguiram chegar no período da tarde, deveriam compensar estas horas do período da tarde. E isso foi divulgado em um e-mail… Digamos que poderia ser razoável… Mas quem está interessado no razoável? A seguir surge a lambança: um novo e-mail dizendo que o anterior deveria ser desconsiderado, e que TODOS os que não conseguiram entrar no IPEN deveriam compensar o DIA TODO!!!!
E com qual argumento??? Esta é a melhor parte: para serem justos com os que conseguiram entrar… para não prejudicar os que tiveram êxito!!!
O que o Superintendente precisa entender é que entre as suas funções não está a de “fazer justiça”; ele não é juiz e nem justiceiro!!! Sua função é gerir o Instituto dentro da lei!!!
Não é obrigação do servidor ficar horas nos arredores da Universidade, de carro ou a pé, tentando encontrar brechas… Imaginemos o servidor que estava parado no congestionamento da Marginal, ou da Alvarenga? Ou o que estava de ônibus? É sério que o superintendente acredita que é parte das obrigações dos trabalhadores ficar tentando entrar no Instituto? Quem sabe se enfrentar com os mobilizados? Será que o superintendente, se morasse do outro lado da cidade, conseguiria entrar pelo HU? Ficaria rondando a universidade naquele trânsito?
Agora, depois do bate-cabeças, consulta Procuradoria para ter um parecer se seu arrobo de justiça é legal ou não… Nos chegou que um dos diretores ainda pronunciou a seguinte frase: “muitos vagabundos aproveitaram para ficarem em casa e nem aparecerem”… ESTE É O NÍVEL!! Nem vamos nos dar ao trabalho de comentar…
De nossa parte entendemos que o período da manhã deve ser abonado para todos os que não vieram, e que o período da tarde deve ficar a critério das gerências, que sabem das condições de cada trabalhador, onde moram, como vêm trabalhar, se daria ou não para virem após o almoço, etc…
E o mesmo critério deve ser utilizado para os trabalhadores terceirizados, pois foram submetidos às mesma s condições!!! Não basta o IPEN estar dando os canos neles, devendo ainda os 12 dias de trabalho?
Qualquer um que tenha o mínimo de conhecimento da realidade dos trabalhadores do IPEN sabe que este é o melhor procedimento!!! Mas será que isso é pedir muito?
De todo modo, como a direção do IPEN, depois da lambança procurou uma opinião jurídica (o que era totalmente desnecessário), a ASSIPEN também poderá questionar na Justiça caso sintamos que os trabalhadores estejam sendo prejudicados

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