Ricardo Galvão foi nomeado em 17/01 para a presidência do CNPq

Ricardo Galvão tinha sido demitido do Inpe por Bolsonaro. O CNPq é uma das agências federais de fomento à pesquisa e responsável pelo pagamento de bolsas de pós-graduação.

O físico e cientista Ricardo Galvão, 71 anos, foi escolhido como novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nome reconhecido na área científica, Galvão é professor de física da Universidade de São Paulo (USP) e comandou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2016 a 2019, e também é membro da Academia Brasileira de Ciências.

Foi demitido após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) acusar o Inpe de mentir sobre dados que indicavam alta no desmatamento na Amazônia. “Mandei ver quem está à frente do Inpe. Até parece que está a serviço de alguma ONG, o que é muito comum”, disse Bolsonaro, à época.

“Ao fazer acusações sobre os dados do Inpe, na verdade ele faz em duas partes. Na primeira, ele me acusa de estar a serviço de uma ONG internacional. Ele já disse que os dados do Inpe não estavam corretos segundo a avaliação dele, como se ele tivesse qualidade ou qualificação de fazer análise de dados”, respondeu Galvão, em 2019.

No CNPq, Galvão irá comandar uma das agências federais de fomento à pesquisa e responsável pelo pagamento de parte das bolsas de pós-graduação ofertadas no Brasil, que estão sem reajuste há quase 10 anos.

Galvão foi incluído na lista da revista “Nature” de 10 cientistas que se destacaram em 2019. Em 2021, também recebeu prêmio internacional da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) na categoria liberdade e responsabilidade científica.

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