Nadia Ayad, jovem cientista brasileira, ganha prêmio internacional!

Nadia Ayad desenvolveu um mecanismo de filtragem e um sistema de dessalinização de água, fazendo com que se torne potável a partir do uso de grafeno – uma “matéria-prima revolucionária” composta por átomos de carbono, extremamente fina, flexível, transparente e resistente (200 vezes mais forte do que o aço) e visto como uma alternativa de impacto positivo para o futuro, dada sua alta capacidade de conduzir eletricidade. Por isso, inclusive, é usado para a produção de células fotoelétricas, peças para aeronaves, celulares e tem ainda outras tantas aplicações na indústria.

Por ser considerado um dos materiais do futuro, ele foi escolhido como tema do Global Graphene Challenge Competition 2016, uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo.

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E a negra brasileira Nadia Ayad, recém-formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, foi a grande vencedora do desafio.

Nadia baseou seu projeto na necessidade de métodos eficientes de tratamento e dessalinização de água para o futuro. Segundo ela, por causa da urbanização, globalização e ameaça de mudanças climáticas quase metade do mundo viverá em áreas com recursos hídricos limitados.

“Com a crescente urbanização e globalização no mundo e a ameaça das mudanças climáticas, a previsão é de que num futuro não muito distante, quase metade da população do planeta viva em áreas com pouquíssimo acesso à água”, afirma Nadia. “Há uma necessidade real de métodos eficientes de tratamento de água e dessalinização. Pensei que a natureza única do grafeno e suas propriedades, incluindo seu potencial como uma membrana de dessalinização e suas propriedades de peneiração superiores, poderiam ser parte da solução”.

“Estou absolutamente empolgada por ter vencido o Desafio do Grafeno. Sou fascinada pelo estudo e aplicações de materiais avançados, por isso a oportunidade de viajar para a Suécia e encontrar os principais pesquisadores desse assunto me deixa muito entusiasmada”, conta Nadia Ayad, vencedora do Desafio do Grafeno.

Nádia foi a escolhida dentre dez finalistas por um distinto painel de juízes

“Estamos muito satisfeitos com a qualidade das inscrições que recebemos de todo o mundo, e não foi fácil escolher apenas um vencedor”, disse David Goulbourne, gerente da Unidade de Produto da Sandvik Coromant. “Ficamos muito impressionados com a pesquisa que nos foi submetida pela Nádia e como ela conceituou muito bem a ideia”.

“O grafeno é um material com elevado potencial de inovação em muitas áreas”, explica Patrik Carlsson, diretor do Centro do Grafeno, na Universidade de Chalmers. “O Desafio do Grafeno e o conjunto muito interessante e abrangente de propostas que analisamos é uma manifestação desse potencial. Além disso, está claro que o grafeno tem potencial para tecnologias revolucionárias e inovações que não se encaixam nos modelos atuais de negócios das empresas. O Desafio foi uma boa maneira de pensar além desses modelos existentes”.

Este projeto foi muito pouco divulgado no Brasil

O Governo Temer, corrupto e ladrão, com seus 3% de popularidade esforça-se tão somente em gerir os interesses das empresas, bancos e agrobusiness, se encontra muito longe de dedicar tempo e atenção aos projetos científicos nacionais, em busca de desenvolvimento e inovação tecnológica

O êxito de Nadia mereceria muito destaque em um país que tivesse políticas públicas voltadas ao crescimento da ciência / educação e se contasse com uma imprensa verdadeiramente livre e democrática, não atrelada ao jogo dos interesses financeiros e do lucro.

Por onde anda o grafeno

A primeira vez que o grafeno foi produzido foi em 2003 pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov na University of Manchester na Inglaterra. Desde lá várias reportagens saíram nomeando-o como um dos materiais mais promissores, como o material do século e prometendo grandes mudanças no nosso cenário tecnológico mundial. Dessa maneira eles ganharam o prêmio Nobel de Física do ano de 2010 pelos os seus estudos inovadores com grafeno. E depois de todo esse tempo, por onde andam as pesquisas?

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